Esta notícia é para quem comprou em um site de compra coletiva e gostaria de revender o seu cupom.
Muito interessante, vale a pena ler.
A febre dos sites de compra coletiva, nos quais internautas obtêm descontos de serviços por meio da compra de cupons promocionais, está alimentando o surgimento de uma "indústria do impulso". Como as promoções feitas em sites exigem do consumidor decisões rápidas para garantir descontos, o internauta age pela ansiedade e compra algo que, muitas vezes, nem vai utilizar. Na esteira desse fenômeno, surge um mercado avaliado em R$ 300 milhões, voltado para a revenda de promoções.
Do R$ 1 bilhão que o setor de compras coletivas deve movimentar em 2011 em venda de cupons, 30% acabam se perdendo, segundo estimativas do mercado. Algumas novas empresas têm sido criadas justamente para revender esses cupons, antes que o prazo de validade termine. Atualmente, há no mercado dois modelos.
No primeiro, como no caso do site Peixe Urbano, o cliente que comprou um cupom e não pode usá-lo perde o valor total da promoção. O site tira sua porcentagem e repassa os recursos à empresa conveniada. No segundo modelo, como no caso do site CityBest, o cliente paga parte do valor do cupom e o restante no dia em que for ao estabelecimento que oferece o serviço. Neste caso, o cliente perde apenas parte do valor.
"Fiz uma pesquisa com usuários de sites de compras coletivas e pude identificar que a maioria não usa os cupons porque esquece" explica Erwin Julius, idealizador do Recupom, em entrevista por e-mail. "A compra por impulso é um fato. As pessoas não querem perder as boas ofertas e acabam comprando para garantir. Depois, o esquecimento e a desistência são os principais fatores do não consumo e ocorrem principalmente com os cupons mais baratos", diz o empresário, que abriu a empresa em dezembro do ano passado.
Saiba mais...
Sites de compras coletivas chegam ao interior de Minas Sites de compras coletivas passam por rigoroso processo antes de ir ao ar Sites de compras coletivas guardam armadilhas por trás dos descontos Antônio Miranda, um dos criadores do Regrupe, segue a mesma linha. O negócio parece tão promissor que Miranda deixou a diretoria de inteligência no Groupon justamente para abrir sua própria empresa de revenda de cupons, que entrou em atividade em fevereiro. A empresa, que também concorre com o TrocaOferta e o TrocaDesconto está ativa em 30 cidades do país e deve alcançar o equilíbrio financeiro em três ou quatro meses. "Eu percebia que as pessoas compravam por impulso ou não viam detalhes da oferta e perdiam o cupom", diz o empresário.
Miranda cita como exemplo uma promoção recente - por enquanto são 50 operações por dia - que dava direito a feijoada completa e caipirinha para duas pessoas em restaurante em um bairro nobre de São Paulo. O cupom da promoção foi revendido no site por R$ 10. Além de revender promoções que o internauta afobado não usará, Miranda quer fazer em seu site operações dignas dos melhores cambistas. "Tem o caso em que o site de compra coletiva fez uma oferta que se esgotou no meio dia. A pessoa pode colocar (o cupom) para revender mais caro no nosso site. Lei da oferta e da demanda", diz.
Letícia Leite, diretora de comunicação do Peixe Urbano, questiona o índice de 30% de perda dos cupons. Para ela, a média chega a 15%, mas pode ser maior, dependendo do valor do desconto. Segundo ela, cupons para hotéis, com descontos de até R$ 1 mil, são mais utilizados. "E a pessoa não vai querer perder. Mas em teatro, se tem uma peça em maio, a gente não coloca (o cupom) com muita antecedência, mas perto da data do teatro ou do show, porque o brasileiro não se programa com antecedência."
Ela explica que a empresa tem se preocupado com o nível de descarte de cupons, cujos valores são repassados às empresas cadastradas mesmo se não forem usados. "A gente recomenda que a pessoa leia com atenção todas as informações sobre aquela oferta. Temos cuidado com a descrição do serviço. Se a pessoa não usar o cupom, pode dar de presente. E até revender", diz.
Fonte: http://www.estaminas.com.br/
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